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O Congresso de Comissões decidiu aprovar o projeto de lei complementar 50, que trata do reajuste salarial dos agentes do sistema prisional paulista. O deputado relator, Fernando Capez, sugeriu a aprovação do projeto da forma com que foi proposto pelo governo, ou seja, sem nenhuma emenda.

O relatório foi aprovado pelos deputados integrantes das comissões de Constituição Justiça e Redação, Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho.

Apesar de aprovado nas comissões, o projeto ainda precisa ser posto em votação no plenário da Assembleia Legislativa. Só depois segue para sanção (ou veto) do governador, e então será publicado e o pagamento do reajuste retroativo a 1º de julho será pago – o que não tem data definida para acontecer.

A não aprovação das emendas propostas frustra os servidores. “Tanto o SIFUSPESP quanto os sindicatos da Polícia Civil e associações da PM lutaram, desde que o projeto foi apresentado pelo governador, no sentido de ao menos fazer cumprir a lei da data-base, ou seja, que o novo salário passasse a valer na data de 1º de março, e não 1º de julho. Em todas as reuniões do Congresso de Comissões, reivindicamos essa proposta e os líderes disseram que nos apoiariam. Mas veio a bancada governista, certamente por ordem do governador Alckmin, e passou um trator por cima dos anseios do funcionalismo”, avaliou João Rinaldo Machado, presidente do SIFUSPESP.

 

TRABALHO

Desde que o PLC 50 chegou na ALESP, a diretoria do SIFUSPESP tem ido semanalmente à Assembleia Legislativa a fim de dialogar com os deputados – principalmente os líderes partidários. Todas as emendas solicitadas pelo SIFUSPESP – 10, ao todo – foram oficialmente propostas pelos deputados Carlos Gianazzi, Enio Tatto e Major Olimpio.

A diretoria do SIFUSPESP acompanhou todo o processo na ALESP, participou de todas as reuniões do Congresso de Comissões, e todos os dias manteve contato com lideranças de bancadas. Ontem, mais uma vez, durante o Congresso de Comissões onde o PLC foi aprovado, estavam presentes os diretores João Rinaldo Machado (presidente), Gilberto Luiz, João Alfredo e Luiz da Silva Filho.

O SIFUSPESP volta à ALESP semana que vem, para acompanhar a votação do projeto (terça-feira os líderes devem definir a data da votação) e para protocolar ofício, no sentido de que o reajuste seja pago em folha suplementar aos servidores.

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O STF decidiu extinguir a ação de reclamação proposta pelo SIFUSPESP contra o congelamento do adicional de insalubridade. O relator, Ministro Celso de Mello, entendeu que a Fazenda Pública de São Paulo, ao ser notificada da ação do sindicato, já teria “resolvido o problema” ao descongelar o índice no início deste ano. No entanto, o Departamento Jurídico do SIFUSPESP solicitou esclarecimentos ao Ministro Relator, pois entende que a Fazenda ainda deve pagar aos servidores por todo o período em que manteve o índice congelado.

“Queremos uma solução completa, com o pagamento do que é devido ao servidor. O governo já assumiu o erro, ao cancelar o congelamento após a ação do SIFUSPESP no STF, mas ainda não o consertou, já que não efetivou o pagamento relativo ao tempo em que a insalubridade ficou congelada. Não vamos abrir mão dos nossos direitos, e por isso insistimos na ação. Além do mais, queremos um posicionamento claro do STF sobre esta questão, para impedir que o governo imponha novos congelamentos”, esclareceu o presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado.

 

O caso

No início de 2010 o governo do Estado de São Paulo determinou o congelamento da base de cálculo do adicional de insalubridade. Logo em seguida a esta decisão o SIFUSPESP, através de seu Departamento Jurídico, propôs no Supremo Tribunal Federal uma Reclamação, com objetivo de conseguir que o STF impedisse tal ilegalidade.

Assim que a Procuradoria do Estado recebeu do STF a notificação para que esclarecesse a decisão do congelamento, em fevereiro de 2011, o governo voltou atrás e descongelou o adicional. Desta forma, a insalubridade voltou a ser paga sobre o valor do salário mínimo atualizado – mas o governo não pagou, e nem dá sinais de que pretende pagar, os 11 meses em que o valor ficou congelado. O descongelamento retroagiu somente a partir de dezembro de 2010, e o adicional foi congelado a partir de janeiro de 2010.

“Esta questão (dos 11 meses de congelamento ainda não pagos) também está próxima de ser resolvida, pois, paralelamente à Reclamação em trâmite perante o STF, há, também, ação declaratória em trâmite perante a Vara da Fazenda Pública de São Paulo, onde se discutem, em ação proposta em favor dos associados deste sindicato, as perdas ocorridas em todo o período”, explica Marcelo Vanalli, advogado do SIFUSPESP.

Para o secretário-geral do sindicato, João Alfredo Oliveira, “não é possível que o governo prejudique desta forma os servidores. Se a Fazenda já reconheceu que errou ao fazer o congelamento, deve reconhecer também que precisa pagar o que deixou em aberto durante 11 meses. Esse pagamento deveria ter sido automático, mas, infelizmente, esse tipo de abuso nós só conseguimos reverter na Justiça. Se esse é o único caminho que nos resta, podem ter certeza que nós iremos trilhá-lo até às últimas instâncias”.

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