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Em reunião no Palácio dos Bandeirantes, que contou com presença do SIFUSPESP, secretário Maurício Juvenal também sinalizou positivamente para regularizar outros certames. Cálculo de bônus deve ser divulgado na próxima semana

 

Em reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta segunda-feira, 22/10, integrantes do SIFUSPESP, representantes de candidatos aprovados em concursos que aguardam pelas nomeações e homologações, além de deputados federais e estaduais, conseguiram acertar um compromisso com o governo do Estado para que sejam regularizados os certames de 2013(AEVP e ASP feminino) e 2014(AEVP).

No encontro com o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Maurício Juvenal, a comitiva recebeu a informação de que será zerada a lista de espera dos remanescentes do concurso para agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) de 2013, além da continuidade das chamadas do concurso para a mesma carreira, só que de 2014, o mesmo valendo para as agentes de segurança penitenciária(ASPs) do gênero feminino de 2013.

Ainda durante a reunião, Juvenal informou que na próxima semana devem ser estabelecidos em definitivo os cálculos referentes aos bônus a serem concedidos a todos os trabalhadores penitenciários. A concessão do bônus havia sido acertada como parte do acordo que pôs fim à greve da categoria em 2014, mas nunca foi cumprida pelo governo Geraldo Alckmin(PSDB).

Além do presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, participaram da reunião parlamentares eleitos no pleito de 2018, entre eles a deputada estadual Adriana Borgo(PROS) e o deputado federal Coronel Tadeu(PSL). Também estiveram na sede do governo paulista representantes dos candidatos remanescentes do concurso AEVP 2013, entre eles João Henrique, Luan Lima, Bruno Honório e Diego Munhoz.

Fábio Jabá analisou de forma positiva o resultado da reunião desta segunda-feira, lembrando que os trabalhadores precisam se manter alertas e unidos pelo cumprimento dos compromissos do governo do Estado. “A chamada dos candidatos já aprovados nos concursos poderá dar início a um processo de redução do déficit funcional, que tanto exigimos para que a segurança do sistema prisional paulista seja reforçada”, reiterou o presidente do sindicato.

O senador eleito, Major Olímpio(PSL), deu voz à história escrita por funcionários do sistema prisional na luta por direitos

 

Um ano de conturbação política e início de grandes reformas promovidas pelo Governo Temer. Entre elas, a chamada Reforma Previdenciária, ou Projeto de Emenda Constitucional (PEC 287/16), com trâmite parado na Câmara dos Deputados devido a intervenção Federal no Rio de Janeiro. Não é possível esquecer maio de 2017, quando agentes penitenciários invadiram o Ministério da Justiça em Brasília, numa das lutas de categoria mais icônicas dos últimos 20 anos.

 

No evento Agente em Alta, promovido pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP), que aconteceu neste sábado, 20 de outubro, o senador eleito pelo Estado de São Paulo, o deputado federal Major Olímpio(PSL) - uma das autoridades presentes - foi que trouxe à memória a demonstração de força da união dos funcionários prisionais que aconteceu no Planalto em 2017.

 

Segundo Olímpio, a força que mudou o curso da história, pode continuar mudando por meio da união: “Foi uma mobilização intensa, uma grande pressão e os agente ocuparam o Ministério da Justiça, eu participei, fiz parte disso. Daqui 50 anos tudo isso vai ser história de luta da consolidação da categoria. Naquele momento foi muito gás, muita bomba, muita choradeira espontânea ou por gás. Mas estivemos juntos e vamos continuar juntos”. Veja abaixo a fala completa do senador recém eleito:

 

 

O Agente em Alta foi idealizado como forma de promover esta união entre os funcionários do sistema prisional. Os sindicatos, de maneira geral, embora tenham sofrido um enfraquecimento na sua principal função, que é a proximidade com os trabalhadores por ele representados, a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso. Tiveram na categoria penitenciária brasileira, em março de 2017 um momento particular, mostraram que possuem potência caso todos estiverem num mesmo direcionamento por uma causa. No caso de São Paulo o protagonismo se deu por meio da nova diretoria do SIFUSPESP que naquele momento acabou impulsionando um movimento que fazia anos não incluía o estado. O resultado foi o que pudemos ver, uma mudança de patamar da categoria e seu reconhecimento nacional, além do que já sabemos quase que a aprovação total da PEC da Polícia Penal.

 

As novas gerações que agora ingressam no sistema penitenciário talvez desconheçam a história e a importância sindical que desenhou a busca por direitos. E o descrédito dos mesmos deve-se a intensa propaganda contra os sindicatos e pela impostura ou falta de capacidade de uma geração de sindicalistas anteriores que se prolongou no poder, e claro,  aos governos que possuem uma política de retirada de forças pela desmobilização. O presidente do SIFUSPESP, Fábio Ferreira, o Jabá, afirmou que não é momento de divisão, pelo contrário, todos os trabalhadores do sistema, sejam agentes, sejam operacionais, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, aevps, entre outros, necessitam compreender que há necessidade de união, organização, projetos com interesses comuns e apoio para avançar em conquistas.

 

“A gente em alta, todos nós juntos, é uma mensagem e uma ação significativa quando mostra que independente do que a mídia reforça a respeito do estereótipo do nosso trabalho, acusando-nos de corruptos, sabemos que somos nós, pouquíssimos funcionários perante a superlotação da população carcerária paulista, são os homens e mulheres que fazem o sistema funcionar. Isso também é um tipo de propaganda negativa que visa ocultar a má gestão estatal e criar culpados para problemas que são monitorados pela sociedade. Em sua maioria com integridade e honra, pais e mães de família. Gente de nossa categoria. Unidos e conscientes de nossas necessidades e dos caminhos possíveis para conquistas, conseguiremos”, afirmou Jabá.

O sindicato somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se.

Agentes penitenciários impediram que um drone carregado de celulares entrasse nas dependências da Penitenciária 2 de Lavínia na madrugada deste sábado, 20/10.

De acordo com as informações trazidas pelos funcionários da unidade, o equipamento voava sobre os muros que dividem a P2 da Penitenciária 3 da cidade.

Ao visualizar o drone, que trazia consigo uma linha de cerca de 10 metros de comprimento presa a uma sacola, os agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs) de plantão tentaram atirar no equipamento, que não chegou a ser abatido e arremeteu diversas vezes.

No entanto, o fio acabou se enroscando às hélices e fez com que a pequena aeronave perdesse o controle, derrubando o drone em uma área externa à penitenciária, onde ela foi recolhida pelos agentes de segurança penitenciária(ASPs) e pelo diretor do Núcleo de Escolta e Vigilância.

Um preso que tentava guiar a câmera do aparelho usando um sinalizador artesanal de dentro de uma das celas para onde iam os celulares teve o material apreendido junto dos 14 aparelhos de telefone, 14 terminais de carregador e um fone de ouvido que estavam na sacola transportada pelo drone.

A equipe de plantão lavrou boletim de ocorrência sobre o caso e adotou as demais providências cabíveis para manter a segurança da unidade, inclusive comunicando a Polícia Militar para reforçar o entorno das penitenciárias e buscar pelos criminosos que estavam no controle do equipamento.

Evento promove palestras e debates sobre saúde funcional, segurança e outros temas centrais para o sistema e seus servidores

 

Com o objetivo de gerar uma rede de troca de conhecimento entre servidores do sistema prisional paulista mediante a realização de palestras e oficinas temáticas, o SIFUSPESP realiza neste sábado, 20/10, O Workshop “A Gente em Alta”,  na sede do sindicato em São Paulo. O evento, que começa às 14h, já está com sua programação completa disponível.

A abertura caberá ao presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, que vai apresentar o sindicato aos participantes do encontro e falar sobre a iniciativa do evento, que pretende dialogar com os trabalhadores penitenciários sobre saúde funcional, segurança e outras temáticas relativas ao bem estar e à valorização dos servidores.

Entre as atrações do evento está a palestra sobre o trabalho do Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor(CQVidass). O projeto tem promovido desde abril deste ano uma parceria com o SIFUSPESP e o Banco de Olhos de Sorocaba(BOS) para o atendimento à saúde de funcionários em diversas regiões do Estado. Neste sábado, um representante do grupo falará sobre o combate ao estresse e a depressão.

Também contaremos com o diálogo sobre “Qualidade de Vida através da Mudança de Hábitos”. A conversa vai tratar da necessidade de busca pelo bem estar físico e mental como uma das prioridades das pessoas que trabalham no sistema prisional.

Educação no trânsito será o tema de palestra. No debate, serão apresentados dados e orientações sobre a melhor postura a ser adotada pelos trabalhadores penitenciários nessa atividade cotidiana em que faz o trajeto de casa para a unidade prisional e que tanto necessita de cuidado para evitar a ocorrência de acidentes e conflitos com outros condutores.

Não deixaremos de apresentar as lutas do sindicato e a análise de conjuntura sobre a política nacional e outros temas urgentes que buscam a valorização e o reconhecimento das atividades da categoria em debate no Congresso Nacional. Polícia Penal e Lei Orgânica da categoria: Dois assuntos que precisam ser discutidos com aprofundamento para que a união dos trabalhadores possa fazer com que saiam do projeto e se tornem parte da realidade do sistema.

A atuação do Grupo de Intervenção Rápida(GIR) como um dos pilares da segurança das unidades prisionais paulistas terá oportunidade de ser conhecida, e não faltarão esclarecimentos sobre as regras que envolvem a concessão do porte de armas e outras demandas relativas ao armamento tão necessário à proteção individual dos trabalhadores fora do ambiente prisional.

Ao longo de toda a programação, serão ainda realizada consultoria de estética, e também será feita uma exposição do Museu Penitenciário.

Após tanto conteúdo e disseminação de conhecimento e troca de informações, o SIFUSPESP vai promover uma confraternização especial entre todos os presentes, com a participação de atrações musicais.

Esperamos que seja um momento de relaxamento e alegria que busca representar a receptividade do sindicato a todos os trabalhadores penitenciários dentro das suas necessidades mais urgentes, às quais sempre estamos de braços abertos!



Centenas de servidores e seus familiares estiveram no evento, onde puderam contar com serviços e produtos essenciais ao seu dia a dia, além de debater políticas públicas, saúde e segurança relacionadas ao mundo do trabalho

 

Com massiva presença do público e variado acesso a serviços e a informações relacionados ao bem-estar e à segurança do trabalhador penitenciário, o SIFUSPESP realizou no último sábado, 20/10, o primeiro Workshop “A Gente em Alta” em São Paulo.

Palestras sobre qualidade de vida relacionada ao esporte, debate sobre a criação da polícia penal e o estabelecimento da lei orgânica, apresentação do trabalho feito pelo Grupo de Intervenção Rápida(GIR), dicas e orientações a respeito de saúde funcional e segurança atraíram os olhares de servidores e seus familiares durante todo o dia.

O evento, gratuito, também disponibilizou aos participantes estandes de vendas de equipamentos de segurança pessoal e armamento, acessórios, financiamento habitacional, seguro de veículos, empréstimo consignado, estética, massagem e alimentação balanceada, além de outros produtos e serviços essenciais.

Importantes figuras da nova política em São Paulo e no Brasil demonstraram seu apreço pelo trabalho do sindicato ao participarem do workshop. Entre eles estavam Major Olímpio(PSL), eleito o senador mais votado do Estado, a candidata a vice-governadora Coronel Nikoluk, que está na chapa de Márcio França(PSB), e Dr. Luiz Flavio Gomes(PSB), jurista, colunista do SIFUSPESP e eleito deputado federal pela primeira vez.

A receptividade dos trabalhadores penitenciários ao Workshop foi celebrada pelo presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá. Na opinião do sindicalista, eventos como este podem traduzir muitas das demandas exigidas pelos servidores na atualidade e, simultaneamente, aproximar essas pessoas umas das outras, do conhecimento dos especialistas que falaram sobre suas atividades e também do trabalho feito pelo sindicato.

“O projeto que temos enquanto entidade representativa de todos os trabalhadores penitenciários é ampliar cada vez mais o acesso de todos a esses produtos e serviços, conscientizar os servidores sobre seus direitos, as pautas pelas quais lutamos no SIFUSPESP, além de oferecer a oportunidade de prestadores de serviços e empresas estarem ao nosso lado nessa parceria que é benéfica para todos os envolvidos”, ressaltou.

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Palestra é uma das muitas programadas para o próximo sábado na sede do SIFUSPESP, onde acontece o Workshop “A Gente em Alta”

 

O alcance do bem estar físico e mental deve ser uma das prioridades daqueles que trabalham no sistema prisional. Em um ambiente submetido a tamanho risco e insalubridade para os que nele estão inseridos, práticas que alteram essa lógica nos momentos em que os servidores estão longe da labuta podem ser fundamentais.

É com essa ideia que o agente de segurança penitenciária(ASP) e triatleta Paulo Henrique Vieira Martins fará no próximo sábado, 20/10, durante o Encontro A Gente em Alta, que acontece na sede do SIFUSPESP em São Paulo, a Palestra “Qualidade de Vida Através da Mudança de Hábitos”, a partir das 14h.

Medalha de Bronze nos Jogos Pan-americanos de Triatlo em 2018, o ASP também é ciclo-aventureiro, tendo participado de um desafio de grandes proporções na Europa, onde no Mundial de Duatlo percorreu 1.200km de bicicleta da Dinamarca até a capital da França, Paris, em apenas nove dias, alcançando a 17ª colocação na disputa.

Lotado no Centro de Detenção Provisória(CDP) de Capela do Alto, Martins ressalta que a opção pelo esporte como forma de ganhar mais qualidade de vida trouxe enormes benefícios em seu dia a dia, “não apenas em termos de ganhos físicos e atléticos, mas principalmente com relação à redução do risco de doenças funcionais e a encarar o trabalho de maneira mais tranquila”.

O ASP espera que sua experiência nessas atividades possa trazer perspectivas reais de bem estar cotidiano para seus colegas de trabalho e mostrar que a dedicação é um dos fatores que pode levar todos os que atuam no sistema prisional a tornar sua profissão mais sustentável a partir dos diferentes hábitos de vida adotados fora das unidades prisionais.

Confira mais algumas das atrações do Workshop no link: https://www.sifuspesp.org.br/noticias/6051-conheca-as-atividades-do-encontro-a-gente-em-alta-que-acontece-neste-sabado

 

Durante entrevista do governador Márcio França, repórter André Guilherme, do jornal Valor Econômico, generalizou situação do sistema dizendo que servidores são corruptos

 

O SIFUSPESP vem a público para repudiar as insinuações do repórter André Guilherme, do jornal Valor Econômico, que afirmou que os funcionários do sistema prisional paulista são corruptos e que “compactuam com o crime organizado”.

As acusações feitas pelo jornalista aconteceram durante entrevista do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Márcio França(PSB) ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 15/10. A entrevista completa está disponível neste link. O embate aconteceu entre os 32’ e os 34’.

Ao questionar França sobre casos de corrupção envolvendo servidores públicos, e ouvir do governador que “não se pode acusar os milhares de integrantes de funcionalismo por causa de maus exemplos”, André Guilherme fez generalizações ao afirmar “então como é que entra celular nas cadeias!?”, em alusão aos casos em que detentos têm acesso aos aparelhos, sugerindo que este fenômeno seria decorrente da permissibilidade dos funcionários do sistema em deixar que esses equipamentos entrassem.

Nesse sentido, é importante esclarecer que o número de apreensões tanto de aparelhos telefônicos quanto de drogas e de outros objetos proibidos com visitas vem crescendo em grandes proporções no Estado de São Paulo no último ano. Muitas delas ocorrem graças justamente à ação dos trabalhadores penitenciários responsáveis pela fiscalização. Todas as segundas-feiras, o SIFUSPESP publica informações sobre os casos em seu site e redes sociais. Quem vive o sistema penitenciário e acompanha suas rotinas sabe da estrita observação aos critérios de segurança para que as unidades e as vidas de detentos e trabalhadores sejam preservadas frente a diversos fatores de risco como estes.

Após acusar os servidores de corrupção por supostamente deixarem que celulares entrem nas unidades prisionais, o repórter André Guilherme voltou a atacar os trabalhadores ao responder questionamento de França.

Quando o governador reiterou que confiava nos servidores públicos e que em meio a 500 mil funcionários “pode haver sim corruptos, mas não se pode dizer que o sistema como um todo é corrupto”, França perguntou se no veículo onde o jornalista trabalhava não poderia haver pessoas desonestas, o que não significaria que o meio de comunicação seria desonesto como um todo por conta disso.

De forma surpreendente, André Guilherme retrucou afirmando que o Valor  “não compactua com o crime organizado”, em mais uma referência direta ao sistema prisional paulista e a seus funcionários.

Nos últimos meses, mesmo antes das eleições e durante o período político, uma das principais pautas da grande mídia brasileira tem tido como foco a atuação do Primeiro Comando da Capital(PCC) dentro e fora das penitenciárias e sua existência enquanto “estado paralelo” que supostamente controlaria o ambiente prisional. Ademais, junto a este discurso a desqualificação aos trabalhadores do sistema penitenciário são constantes, combinadas a agenda de privatização do sistema defendida por vários candidatos.

A partir de mais essa afirmação equivocada, o presidente do SIFUSPESP, Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, sente-se no dever de lembrar ao jornalista que apesar de estar presente e ter crescido no Estado de São Paulo, no Brasil e até em países vizinhos, o PCC não controla as prisões.

“Isso acontece principalmente porque o trabalho feito pelos trabalhadores penitenciários no sentido de desbaratar as ações da facção e de evitar que ataques, fugas e rebeliões se espalhem pelo Estado é que garantem a segurança e o bem-estar da população”, afirma Jabá.

Muitas vezes esses funcionários, sob ameaças e vítimas de ataques coordenados pelo PCC, não deixam de executar o seu trabalho dignamente, denunciando tentativas de extorsão e outros crimes cometidos a mando da facção. Alguns morrem em decorrência de assassinatos feitos por membros da organização criminosa. Outros, tiram a própria vida por não aguentar a pressão sobre si e suas famílias. A situação é dramática.

Em outubro de 2014, após o registro de oito homicídios contra servidores por ordem da facção em um intervalo de poucos meses, o SIFUSPESP pediu à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) sobre o sistema prisional para apurar a origem desses crimes. Por omissão de parte dos parlamentares, no entanto, não conseguiu as assinaturas necessárias.

Ora. Se os trabalhadores penitenciários representados pelo sindicato são os principais alvos da facção - ao lado de policiais militares e civis - como pode o sistema prisional compactuar com o crime organizado? Jamais o fizemos, e lutamos de maneira permanente para expurgar a influência do PCC e de outras facções sobre os detentos.

Esta sim é a grande ameaça de direitos humanos, a ação de facções criminosas contra a liberdade e bem estar de alguns detentos e famílias fora das grades, ao obrigá-los a cometer crimes. Fazemos nada mais que nosso trabalho, que é zelar para que os presos cumpram suas penas dentro da lei.

O presidente do SIFUSPESP aproveita a oportunidade para exaltar a postura republicana e de defesa dos servidores feitas pelo governador Márcio França, que em momento algum deixou-se levar por falsas afirmações para fazer média com qualquer setor da sociedade que estivesse assistindo ao programa. Ele defendeu o funcionalismo porque parece apostar no seu potencial e em seu trabalho, o trabalho de uma maioria, todos os dias.

Durante a entrevista, o repórter afirmou ainda que toda a corrupção desvendada atualmente no país e no Estado só veio à tona por conta da Operação Lava-Jato, que colocou Alckmin entre os investigados. França disse que concordava com os termos da operação, mas ponderou que qualquer acusação precisa de provas e qualquer investigado deve se tornar réu e somente após a condenação em definitivo é que o jornalismo, com todo o seu poder, terá então caminho livre não para insinuar, mas informar com precisão que determinada pessoa é corrupta e lesou o erário público. Uma ponderação que o SIFUSPESP assina embaixo, e que vale tanto para políticos como para servidores. Quem errar, paga. Mas sem generalizações.

Ao repórter, o sindicato faz um convite. Que ele possa conhecer melhor o sistema prisional e seus servidores antes de proliferar informações sem a devida checagem. Lançar acusações no ar sem comprovação e com base em pouca experiência de cobertura do setor a que está se referindo é contraproducente e antiético. É possível fazer melhor e convém ouvir os lados envolvidos nas acusações.

Dizer que o sistema como um todo é corrupto ofende a maioria dos trabalhadores, que mesmo com gigantescas dificuldades estruturais, recebendo salários achatados, sob superlotação das unidades prisionais e déficit funcional, mantém em dia sua dignidade de não aceitar a submissão diante do crime organizado e servir à população para que ela permaneça segura.

O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, ainda reforça que o Departamento Jurídico do sindicato já estuda formas de solicitar ao programa Roda Viva e ao jornal Valor Econômico um direito de resposta oficial devido às afirmações feitas na última segunda-feira pelo repórter, que considera levianas e que não correspondem a qualquer debate político sério.

Manifestações públicas pacíficas em frente à sede do jornal também podem fazer parte da estratégia do sindicato para demonstrar ao veículo de comunicação o descontentamento da categoria com a postura levada a cabo na entrevista, que não deve ser naturalizadas para que esta não se converta em generalizações e as inverdades ditas sejam transformadas em senso comum.

Na opinião de Fábio Jabá, esse ato depende da união e da organização dos trabalhadores penitenciários. “Dessa forma, poderemos deixar claro que nossas práticas diárias prezam pela lisura e não pela corrupção. Nossa consciência está limpa, e nosso espírito ativo para combater a criminalidade, não nos submeter a seus desmandos”, reiterou.

O sindicato somos todos nós, unidos e organizados!