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É com profundo pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do Agente de Segurança Penitenciária Wilson Vieira, que ocorreu na última quinta-feira, 03/05. Trabalhava na Penitenciária Feminina de Santana, onde prestava seu serviço com excelência.

Conhecido “carinhosamente” pelas companheiras de trabalho como ‘Tio Wilson”, por quem sempre será lembrado por seu profissionalismo, honestidade e lealdade.

Deixa familiares e amigos à quem o sindicato presta condolências neste momento de dor e consternação. Que todos possam enfrentar esta perda com serenidade.

O velório do ASP Wilson Vieira está sendo realizado no Cemitério de Tremembé nesta sexta-feira, 04/05. O enterro acontece às 11 horas no mesmo local.

Aos que desejam prestar a última homenagem ao companheiro, comparecer à rua Maria Amália Lopes Azevedo, n° 2930,  Vila Albertina, São Paulo.

 

Nesta semana, completamos um ano das lutas travadas em Brasília que levaram ao fim da Reforma da Previdência e deram impulso e reconhecimento (que foram acolhidos pela sociedade brasileira e por amplos setores políticos) de que devemos avançar legalmente, em todo o Brasil, no estabelecimento de um marco para regras gerais de uma Polícia Penal.                  

No ano passado, semanas antes da Batalha de Brasília, a nova diretoria Mudar para Lutar tinha acabado de assumir o controle de nosso sindicato, e ainda assistia a uma categoria descrente com as lideranças sindicais de até então.                                           

Nossa atuação como categoria nos dias 02 e 03 de maio de 2017, mudou este quadro, fomos valentes apoiando e colocando nossas vidas como cordão de batalha pela luta por direitos, em um momento que toda a população, movimentos sociais e sindicais, não conseguiam demonstrar força suficiente contra o desmonte promovido de forma muito acelerada pelo governo de Michel Temer.                                                   

Mas nós tínhamos clareza de nosso papel e força. E fomos à Brasília unir a categoria de São Paulo aos companheiros de luta de outros Estados. Foi por isso que fomos capazes de ocupar o Ministério da Justiça no dia 02 de maio do ano passado e forçar uma negociação com o governo. Fechada uma primeira negociação, porém, o governo não cumpriu sua palavra, regra social esta que ao descumpridor, dentro dos presídios, pode custar sua vida.                              

Foi neste momento que nossa bravura não faltou, e vários companheiros sindicais cercaram o Congresso e no dia 03 de maio de 2017 forçaram a suspensão do processo de tramitação da Reforma Previdenciária, ali o consenso de que a luta uniria a categoria penitenciária a todos os demais cidadãos brasileiros ficou claro!                                   

A imprensa tentou atacar de início a nossos companheiros e a nossas pautas, mas nossa organização na ação e comunicação sindical impediu este avanço. As redes sociais e de WhatsApp passaram a prestar atenção em um grupo social que era invisível, os trabalhadores e trabalhadoras penitenciárias.            

Antes as críticas e a desunião era propagada nos debates do dia a dia nas redes sociais, passado um ano já nos encontramos em um novo estágio coletivo, queremos propor mudanças para o sistema penitenciário, através da regulamentação de uma Lei Orgânica e da regulamentação de uma polícia penal que gere a modernização do sistema, considerando a visão de quem conhece o sistema de forma real, ou seja, a visão da categoria penitenciária.    

              

Sabemos que temos muitos adversários, que mesmo ocultamente nos querem impedir e manter nossa categoria dividida e submetida a injustiças administrativas e a um ambiente insalubre, sem recursos e de muita pressão para nos levar à doença, conflito e a morte prematura.    

Mas agora já estamos mais organizados, e temos estratégias de ação, coragem e força para enfrentar estas adversidades. Desde maio de 2017, ficou claro que não se deve calar a voz daqueles que fazem a gestão do que a sociedade não quer ver, a prisão. Não se deve calar a voz daqueles que têm coragem de enfrentar as mais duras lutas como ninguém jamais poderá esquecer, depois da Batalha de Brasília. Nós, mais que ninguém sabemos que a vida é uma luta travada dia a dia com coragem, inteligência e diálogo, quando este se faz possível.       

   

Orgulho, coragem e honra correm em nossas veias. E nesta semana todos devem lembrar disso.

Trabalhadores do sistema prisional continuam em Lucélia diuturnamente para estabelecer a ordem. Esta é uma breve nota de aplauso ao trabalhador e protesto contra a omissão governamental

 

O caos em Lucélia começou bem antes da rebelião. As imagens divulgadas depois do motim ter acabado chocam. É o que a sociedade vê porque é apenas neste momento que o Sistema Penitenciário aparece. Mas nada acabou.

É importante trazer a conhecimento o trabalho que os funcionários do sistema penitenciário do Estado continuam realizando ainda nesta segunda-feira, 30/04, após término do que chegou aos olhos da população e da grande mídia. Além disso, a unidade de Lucélia apresenta excelentes resultados da parte do trabalhador penitenciário, dos principalmente no quesito apreensão de ilícitos trazidos por visitantes que tentam adentrar a unidade. Em dois anos 46 visitas foram flagradas nessas circunstâncias. Um dia antes da rebelião, 25/04, uma professora foi flagrada tentando entrar na unidade de Lucélia com com um microcelular, segundo ela, enviada por alunos a ser entregue a presos da unidade, como consta em matéria divulgada pelo G1 <https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/professora-e-flagrada-ao-tentar-entrar-na-penitenciaria-de-lucelia-com-celular-escondido-na-calcinha.ghtml>

É importante ressaltar que os servidores estiveram de plantão todo o tempo durante a rebelião, desde o princípio e continuam pagando a conta de toda falta deixada pelo Estado. Fazer conhecer que o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), muitas vezes criticado por aqueles que desconhecem o trabalho realizado com inteligência e tática, criticado por quem não sabe que o grupo continua dando apoio até o momento, sem descanso, para que se recupere a mínima ordem de funcionamento na Penitenciária de Lucélia. Um destaque especial a nossos bravos técnicos, oficiais administrativos e operacional, área meio, com um trabalho intenso neste processo de recuperação da unidade.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP) também continua fazendo plantão, prestando apoio aos servidores que continuam fazendo além de suas obrigações, trabalhando além do horário, carregando o sistema penitenciário nas costas.

Segundo  Gilberto Antonio da Silva, tesoureiro geral do SIFUSPESP, que acompanhou o ocorrido em Lucélia desde o princípio e continua fazendo, “existe uma inversão de valores”:

“O trabalhador que exerce suas funções de maneira correta, prestando honradamente seus serviços gera raiva da parte do preso, ao contrário do que deveria, já que está mantendo a ordem dentro da unidade”, ele afirma.

Prestamos aqui uma pequena homenagem aos trabalhadores invisíveis aos olhos da sociedade e do Estado, que diuturnamente suportam, junto aos apenados, o problema da superlotação, não apenas em Lucélia. O déficit funcional que desestrutura o servidor física e psicologicamente, já que para que a manutenção do trabalho possa ser realizada, o trabalhador cumpre além do que muitas vezes poderia ser considerado possível.

É de conhecimento que a profissão agente penitenciário foi classificada como a segunda profissão mais perigosa do mundo pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Assim como também é de conhecimento que o Estado de São Paulo possui a maior população carcerária do país. Parece repetitivo dizer que todas as unidades do Estado sofrem com falta de efetivo.

A profissão de agente penitenciário é por si mesma desestruturante por fazer com que o trabalhador esteja atento e passe por ansiedade e tensão durante todo o tempo em que exerce sua função. Num local que não fornece estrutura de segurança para o profissional, onde ele fica sujeito a agressões e até a morte. Local onde o servidor observa as péssimas condições de habitação do apenado sem nada poder fazer. Faltam médicos, enfermeiros, remédios, espaço, ar. Sobra sobrecarga para o funcionário inserido neste sistema cheio de ausências, onde ele com suas mãos tenta tapar os buracos e apenas sofre com as consequências.

Assim, dia após dias lançamos notas de pesar pelo falecimento de colegas que pouco desfrutam da vida adulta e de suas famílias. Nossa sobrevida é de 45 anos, em média, segundo estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Doenças cardiovasculares, diabetes, problemas psiquiátricos, suicídio. É com isto que convivemos. Saiba mais a respeito em: <https://www.ibccrim.org.br/noticia/13723-Expectativa-de-vida-de-agente-penitenciario-e-de-45-anos-em-SP>

Nesta segunda-feira os funcionários continuam na zona pós guerra, não apenas em Lucélia, assim como nas unidades ao derredor, que oferecem apoio e continuarão até que tudo esteja novamente no lugar. No mesmo lugar.

Enquanto o Estado não responsabilizar-se com a estrutura das unidades prisionais, disponibilizando o efetivo necessário, parando de “brincar de reajuste salarial” com um profissional que doa a vida no trabalho, melhorando a possibilidade de estadia do preso para que cumpra sua pena e com isso possibilite também, a realização do seu trabalho de maneira digna, tudo continuará no mesmo lugar. Desmoronando até que venha a próxima rebelião. O trabalhador já não suporta mais pagar a conta. Mas continua firme fazendo além.

Deveriam ser aplaudidos de pé os ASPS, AEVPs, GIR, oficiais administrativos, operacionais, ou seja funcionários da área meio, reconhecidos que seja por nós mesmos. Até quando não nos verão?



Cobertura realizada pela grande mídia:

https://www.google.com.br/search?rlz=1C1AVSF_enBR779BR780&q=lucelia+rebeli%C3%A3o&tbm=nws&source=univ&tbo=u&sa=X&ved=0ahUKEwiZ9aTjs-LaAhUES5AKHXDdCVsQt8YBCDEoAQ&biw=1360&bih=662

 

Presente na unidade desde o início do motim, diretores do SIFUSPESP acompanharam passo a passo dos desdobramentos do caso, que caminha para o fim nesta sexta após libertação de reféns

 

Foi controlada na tarde desta sexta-feira, 27/04, a rebelião promovida desde ontem por detentos na Penitenciária de Lucélia, no interior de São Paulo. Ao longo do dia de hoje, os três defensores públicos que eram mantidos reféns pelos presos foram sendo liberados e a ação, controlada mediante negociação conduzida por agentes penitenciários e policiais militares. Nenhum dos magistrados teve ferimentos.

A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou na unidade para efetuar uma blitze, tentando encontrar eventuais contravenções em poder dos presos. Ao longo do motim, que está controlado, os detentos atearam fogo a colchões e promoveram a depredação do prédio. Os danos e responsabilidades decorrentes destes atos deverão ser averiguados pelas autoridades competentes.

Desde que a rebelião teve início, diretores do SIFUSPESP se dirigiram à unidade a fim de acompanhar o caso, atualizando as informações sobre o que acontecia dentro e fora da penitenciária. O tesoureiro Gilberto Antônio da Silva; o militante Otaviano Alves Filho e a diretora de base do município de Pacaembu, Cristina Telles, forneceram apoio aos servidores de Lucélia e colocaram o sindicato à disposição para qualquer auxílio posterior.

A presença dos diretores do SIFUSPESP no local e seu trabalho de apuração e publicação das informações em nossas redes colaborou para que os trabalhadores penitenciários, os defensores públicos e seus familiares, a imprensa e os órgãos governamentais pudessem acompanhar em tempo real os acontecimentos e assim estar a par de um possível desfecho, que felizmente não teve nenhum servidor ou magistrado ferido.

O Defensor Público-Geral do Estado, Davi Depiné, divulgou nota oficial após o fim da rebelião. No documento, ele agradeceu às equipes que conduziram as negociações com os presos e afirmou que, devido à gravidade do caso, fará com que a Defensoria “aperfeiçoe seus protocolos de atuação nos estabelecimentos prisionais, sempre em diálogo permanente com a Secretaria de Administração Penitenciária”.

 

O trabalho transforma a vida, a natureza e a sociedade. Por isso o trabalhador é o centro de nossa sociedade. Quando uma categoria se une e tem claro objetivos comuns, seu trabalho se converte em instrumento de luta. Por isso neste dia do trabalhador sabemos que nossa categoria encontra-se mais forte e pronta para defender os seus direitos.

Atendimento especializado em prol da saúde dos olhos próximo do funcionário é o objetivo do projeto que o SIFUSPESP realiza em parceria com o BOS e o Cqvidass

 

Um ônibus equipado com toda estrutura para exames de raio-x, pressão ocular e diagnósticos clínicos realizados por um profissional especializado tem estacionado nas unidades prisionais da região do Vale do Paraíba à serviço da saúde dos servidores penitenciários. Nesta quinta-feira, 27/04, a Penitenciária 2 de Tremembé foi quem acolheu o projeto de atendimento oftalmológico itinerante, resultado da parceria com a sede regional do SIFUSPESP do Vale do Paraíba, o Banco de Olhos de Sorocaba(BOS) e o Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor(Cqvidass), realizando mais de 100 atendimentos.

“Facilitar o acesso à saúde dos olhos de trabalhadores do sistema e familiares é o objetivo, além de conscientizar a respeito da importância da saúde dos olhos, encaminhar para resolução de doenças oculares, além de possibilitar o cadastro no banco de doadores de córneas de Sorocaba”, explica Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo(SIFUSPESP)

Segundo Jabá, além da satisfação com os atendimentos da parte dos trabalhadores, ele vê no projeto a oportunidade de estar perto de cada um deles no seu local de trabalho. E é isto que pretende a nova diretoria do sindicato, “Lutar para Mudar” que atua há um ano e busca uma reaproximação do sindicato com a categoria.

“Sabemos que historicamente os sindicatos fizeram-se desacreditados. A nossa intenção, e temos mostrado por meio de trabalho e parceria como esta, é colocar o trabalhador e suas necessidades em primeiro lugar. O SIFUSPESP prioriza o serviço realizado para o trabalhador penitenciário”, afirmou o presidente.

 

Não fique de fora!

O Ônibus do Banco de Olhos de Sorocaba, chamado de BOS estará em Mogi das Cruzes no dia 09/05. Para passar por atendimento, conforme o SIFUSPESP tem divulgado é necessário agendamento prévio por meio de telefone ou e-mail.

O número (12) 3624-6797, ramal 247 e o e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., são os canais. Informe seu nome completo, RG, número de inscrição no IAMSPE, o local e data onde será feita a consulta.

Após realizada consulta, o trabalhador penitenciário poderá seguir com o tratamento, cirurgia ou novas consultas, que deverão ser feitos em Taubaté, São Paulo ou Sorocaba.

O sindicato somos todos nós, unidos e organizados!

 

Veja a seguir a lista com os locais e as datas de atendimento:

09/05: CDP de Mogi das Cruzes

23/05: CDP de Suzano

06/06: PI de São Vicente

07/06: PII de São Vicente

08/06: CDP de São Vicente

03/07: CDP de Praia Grande

04/07: CPP de Mongaguá

18/07: CDP de Caraguatatuba

 
 
Na tarde desta quinta-feira, 26/04, presos da Penitenciária de Lucélia iniciaram um motim, ateando fogo a colchões. De acordo com informações obtidas pelo SIFUSPESP, os três defensores públicos que haviam sido feitos reféns foram liberados nesta sexta-feira.
 
No total, 26 sentenciados envolvidos na rebelião já se entregaram. As negociações para pôr fim ao motim continuam.  
 
Integrantes do sindicato estiveram no local, entre eles Gilberto Antônio, tesoureiro da instituição; Otaviano Ferreira, militante histórico da categoria; e Cristina, diretora de base de Pacaembu. A Polícia Militar, o Grupo de Intervenção Rápida(GIR) e o Corpo de Bombeiros estão na frente da unidade para conter o processo de violência.
 
 
A segurança externa foi reforçada para que não haja um quadro piorado por alguma ação nova por parte dos presos. Qualquer nova atualização do quadro em Lucélia será informada neste canal e também em nossa página no facebook: www.facebook.com/sifuspespsindicato.
 
Fiquem atentos!