Comemora-se neste 13 de julho o dia do Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, o AEVP. Figura de inestimável valor para o sistema prisional e para a segurança da sociedade paulista, o AEVP merece uma lembrança especial devido ao grande número de bons serviços prestados à população.
Responsáveis por vigiar as muralhas das unidades prisionais, os agentes de escolta e vigilância penitenciária exercem papel fundamental na garantia do cumprimento da pena por parte dos sentenciados, já que trabalham para evitar fugas e na contenção de rebeliões, em apoio aos agentes de segurança penitenciária(ASPs).
Também escalados para fazer o transporte e a escolta de presos em transferências para outras unidades prisionais ou para audiências em fóruns, os AEVPs apresentam competência, coragem e determinação para enfrentar as adversidades surgidas ao longo de seu caminho a fim de que a lei seja respeitada.
É com pesar que o Sindicato dos Funcionários do Sistema Penitenciário do Estado de São Paulo, anuncia o falecimento do companheiro de trabalho Nelson Pereira da Silva, aos 52 anos nesta quarta-feira (12/07).
Além de agente penitenciário na Penitenciária I de Presidente Venceslau, Nelson era professor de educação física e pessoa atuante na sua comunidade.
Nelson, também conhecido como Melancia, faleceu após sofrer um acidente de carro.
Lamentamos a enorme perda do colega de trabalho de longa data e desejamos, que neste momento de sofrimento, os corações dos familiares possam ser, de alguma maneira, confortados.
O corpo será velado na Organização Presidente e o sepultamento deverá ser realizado na manhã desta quinta-feira (13) em horário a ser determinado pela família.
Proposta aprovada pelo Senado e que segue para sanção de Michel Temer fere de morte os direitos mais básicos do trabalhador
O Senado aprovou na última terça-feira, 11/07, por 50 votos a 26, o texto-base da Reforma Trabalhista do governo Michel Temer. A medida, que na visão do SIFUSPESP põe fim aos direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), tem por objetivo flexibilizar as relações entre patrão e empregado e, assim, reduzir o acesso dos funcionários a benefícios historicamente conquistados.
A reforma trabalhista, aliada ao projeto de lei da terceirização(PL 4.302/1998), aprovado em abril pela Câmara dos Deputados, e em meio a um cenário de crise econômica, com mais de 14 milhões de desempregados, colabora para um cenário caótico e desalentador para o trabalhador brasileiro, que será obrigado a conviver com condições cada vez mais precárias e subumanas no seu dia a dia para não morrer de fome.
Negociado prevalecendo sobre o legislado
O SIFUSPESP entende que o empregado, em status social inferior ao empresário, não possui garantias de conseguir exercer suas atividades com dignidade caso as negociações feitas com a empresa se sobreponham ao que determina a lei. Sendo o lado mais fraco da negociação, e em meio a uma conjuntura de desemprego, o funcionário inevitavelmente terá de se submeter a salários e condições de trabalho ruins para que outra pessoa não seja contratada. Em resumo, perde o poder de “barganha” porque não tem o que barganhar.
Apesar da tentativa da oposição de impedir a votação da Reforma Trabalhista estabelecida no Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/2017 para que mais debates fossem realizados antes da votação definitiva, esta terça-feira (11/07) ficará marcada historicamente como o Dia do Retrocesso.
Os trabalhadores sofreram perdas imensuráveis já que a PLC foi aprovada com o texto original proposto pelo presidente Michel Temer – que por sinal, corre risco de perder o cargo devido a denúncias que comprovam três crimes como formação de quadrilha e corrupção. Das 800 emendas propostas para o texto, nenhuma foi acatada. Importante lembrar que o projeto em si foi considerado inconstitucional.
Enquanto o projeto passava pelas comissões, segundo o senador Paim (PT), em discurso na Comissão de Direitos Humanos, os debates técnicos, sociais e jurídicos comprovaram que essa reforma é um retrocesso, por meio de diversos especialistas – juízes, promotores, procuradores e até mesmo empresários-, contrariando a base do governo que insiste em afirmar que tudo é em prol do avanço econômico do país. Entretanto, como sabemos, existe um “grande acordo nacional” das elites econômicas e parte dos políticos.
“Quem lutará por nós se não nós mesmos. Chegou a hora dos trabalhadores de todas as categorias unirem-se por essa grande derrota, por si, para que a fome não se espalhe ainda mais pelo país e para que direitos básicos conquistados por forças sindicais retornem ao trabalhador”, afirma o presidente do Sifuspesp Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá.
Devido tal Projeto de Emenda Constitucional, os trabalhadores serão obrigados ou a perder o emprego, ou a dividir as férias, a aceitar ambientes insalubres, dividir as férias, reduzir salários, jornada massacrante de trabalho, trabalho em troca de casa e comida – o que nada mais é do que a legalização da escravidão.
Os funcionários públicos também sofrerão com tal reforma, e devem buscar informação e unidade na luta contra abusos.
Não mais décimo terceiro, além de mexer com direitos como FGTS entre outros. Quem diz o contrário desconhece o projeto, sendo importante citar que existe um processo ganho na justiça, impetrado pela Ministra do TST Renata Coelho contra propagandas enganosas que passaram na televisão em apoio a PLC 38.
“Precisamos nos unir de maneira enérgica, ir às ruas, exigir com pulso. Caso contrário, entraremos em estado de desgraça. A contra reforma enfraquece as categorias de trabalhadores porque permite negociações pessoa a pessoa, o que como já citado é prejudicial ao trabalhador. Mas era exatamente isso que o governo desejava: enfraquecer a classe trabalhadora”, diz Jabá.
Agora, o que for negociado entre trabalhadores e patrões sobrepõe-se a Lei, e numa negociação em que os patrões podem decidir e até subjugar o trabalhador, a perda de direitos fica evidente. Na verdade não basta afastar o presidente Michel Temer. É preciso intensificar ações que evitem a continuidade do retrocesso já que a tomada do poder por eleições indiretas apontam para um Congresso Nacional com legisladores extremamente intransigentes e a favor dos privilegiados.
Ocupação da mesa do Senado em favor dos trabalhadores
Por volta das 11h, ao iniciar-se a sessão que votaria a Reforma Trabalhista, senadoras de oposição ao governo Temer ocuparam a mesa do plenário. Elas reivindicavam que antes de qualquer votação da reforma trabalhista, algumas emendas fossem votadas (como a que impede o trabalho em locais insalubres para mulheres grávidas e que amamentam), e reivindicavam também, que fosse dada palavra para que o debate pudesse convencer a maioria dos senadores pela não aprovação do texto.
O presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ainda não havia chegado quando a mesa foi ocupada, e só foi marcar presença uma hora depois.
Ele quis sentar na cadeira de presidente, mas a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a estava ocupando e não quis se retirar. Tal ato de protesto visava fazer valer as regras de revisão do texto enviado pela Câmara dos Deputados. Após uma rápida confusão, Eunício suspendeu a sessão e mandou apagar as luzes. Posteriormente, a água foi cortada, o acesso ao banheiro foi bloqueado e o ar condicionado desligado.
Situação parecida foi vista quando os agentes penitenciários, de todo o Brasil, ocuparam o Ministério da Justiça, diante de reivindicação justa da inclusão em rol de aposentadoria especial e que após acordo com governo foram traídos.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que fez parte da ocupação, disse que as senadoras iriam resistir até que o Senado rediscutisse o texto. “Vamos ficar o tempo que for preciso para resistir a essa situação”, falou naquele momento.
Após longo tempo e negociação a sessão foi retomada, o debate não se estabeleceu de forma franca, senadores da oposição denunciaram o desrespeito e duro golpe que os trabalhadores brasileiros iriam sofrer com a aprovação da Reforma Trabalhista, proposta por um governo ilegítimo diante de suas posturas e denúncias de corrupção.
Retaliação:
Segundo informações do twitter oficial do senado, foi protocolado no Conselho de Ética da casa, ação por quebra de decoro parlamentar contra as senadoras. Um péssimo exemplo frente a resistência destas senhoras face o desrespeito da maioria destes congressistas que nem se deram ao trabalho de debater mudanças tão radicais e profundas para a vida dos brasileiros e brasileiras.
“Reforma trabalhista: O senador José Medeiros (PSD-MT) acaba de protocolar no Conselho de Ética ação por quebra de decoro contra as senadoras que protestam no Plenário contra a reforma trabalhista (PLC 38/2017). O documento tem 15 assinaturas” (twitter do Senado).
A ação corajosa das senadoras nos alerta para os tempos de maior dificuldade e de luta inevitáveis que cada brasileira e brasileiro irá enfrentar. Nossa categoria foi desrespeitada em diversas iniciativas de luta recente em Brasília. Tem dificuldade de diálogo com o governo estadual, que não nos concede aumento por três anos consecutivos. E sofre pela invisibilidade social. O Sifuspesp se apresenta como instrumento de luta em tempos que a esperança será algo a ser conquistado por cada um de nós, unidos!
#ForaTemer#PolíciaPenal#ContraPEC287
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